quinta-feira, 4 de março de 2010

Que seja hoje

Desculpa se eu não posso competir com o seu passado. E pedir pro seu prato vir sem mostarda, porque você não suporta nem o cheiro. Eu também vim com as minhas marcas e códigos – todos carregam os seus pra lá e pra cá e pesa demais. Mas se desfazer deles seria como deixar um braço na cadeira do cinema, ao levantar. Desculpa se eu não sei quais são os seus filmes, se não os tenho, se não os vi. Eu sou mais musical do que visual. E te perdôo por não ouvir blues pela manhã. Já perdoei tantos por isso. Seu aniversário ainda é um dia em branco no calendário. E a minha voz não te acalma. Ainda. Mas vai acalmar um dia, se nós deixarmos. Ouve. E me perdoa. Dobrei o livro na página 21 que era pra você encontrar e ler, isso significa que eu estou aqui. Aqui e nova. Aqui e inteira. E eu preciso que você me aceite.

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