quinta-feira, 19 de maio de 2011

Pra você

É, meu amor, parece que sim, que nós, do jeito que viemos ao mundo, com a sabedoria inicial ainda intacta e um colo a 36 graus para acariciar os pulmões, ainda estamos inteiramente vivos. Expandir e contrair não mais dói, salva, mas o sorriso – como se fosse o primeiro, em dó maior – persiste. É, meu amor, parece que é, sim, um longo começo, os outros nos olhando como naquela vitrine, o berço da nova civilização que seremos, e a vitrine será um espelho, porque os outros também somos nós e tudo é novo e puro e doce, como o mel, amor, como o meu, amor, os meus dias cheios de sol e sou grata por você ser parte deles. Você, o meu amor, ou eu, agora, hoje, parece que sim, somos um.


[ao som de: http://www.youtube.com/watch?v=QW0i1U4u0KE&feature=related]

quinta-feira, 12 de maio de 2011

pra longe, bem devagarzinho ou cinco coisas que aprendi em uma tarde:


Encontrar uma criança com o uniforme da escola onde você estudou, emociona.

É possível passear com uma tartaruga na grama da lagoa. Ela bem que acompanha.

Se eu desse a volta inteira, não encontraria um coco melhor do que aquele. Palavras do moço que me vendeu.

O passeio de pedalinho custa 20 reais, por meia hora.

A diferença entre um homem e uma mulher é que a mulher tem bem mais coração. Palavras do moço do pedalinho, ao ver uma mãe, morrendo de medo, enfrentar a lagoa, por causa do filho.