terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Desculpe

Desculpe, deixei cair um pouco de poesia em você.
Um pouco é eufemismo de coração que galopa.
Que pula degraus de dois em dois. Três em três.
Por quatro cantos, retrato de poesia-balanço.
Mal acompanho, mas sei que deixei cair bem ali.
Fio de seda e mel. Cai agora, cobre a nuca. Espera.
Seu cílio é vírgula de um poema. Cortina que rouba o mundo dos seus olhos.
Pára e vê que se derramo poesia é porque cuspo amor enquanto falo.
Sua roupa está manchada. Cor de palavra-sonho. Será que sai na água?
Desculpe, deixei cair um pouco de poesia em você.
E só consigo catar o excesso em silêncio.

4 comentários:

  1. Oi Ilana, te indiquei pro selo OLHA QUE BLOG MANEIRO. Dá uma olhada no post que eu fiz e veja o que vc deve fazer para ganhar o selo e um brinde.

    http://www.urubuzada.blogspot.com/

    Abs,

    Gil

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  2. "Desculpe, deixei cair um pouco de poesia em você.
    E só consigo catar o excesso em silêncio."

    Ilana,
    menina poeta. Obrigada pelas gotas que você deixou cair em mim. Não vou lavar o vestido, nunca mais.

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  3. Ilana,
    amanhã encontrarei o Luiz Raul, na Estação das Letras. Aniversário da Suzana Vargas. Sem pedir licença me licenciei e imprimi seu prosopoema (plagiando a Marta Lagarta) pra mostrar ao nosso querido mestre.
    Desculpe.
    Beijos,
    Ana Benevides

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