sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Para Guimarães Rosa

Vestiu uma roupa laranja e foi dizer sim. De branco ficou a cara do pai, fazendo susto com as bochechas. Na grama a gente não pisa, mas a alegria pula e vai bem alto colocando um laço lilás no cabelo dela. Um jardim de fazer crescer para sempres. Ele jura que vai construir a casa na árvore. Ela promete que vai amarelar as paredes de cor. Todo mundo em ah, e o olho da mãe regando o vestido. Diluviando. Ele já pode assoprar o cabelo dela: sim, sim. Ela joga um saco de pipocas para trás e quem pega uma comemora. Tem sorte. Todos dançam em carrosséis até o céu girar também e eles rodam, rodam, rodam, circulando o todo dia de amor.

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